sábado, 4 de junho de 2016

TODOS NO NENHUM

Estavam todos lá, o rock e suas tribos. Ah, e que tribos tem este tal de rock and roll. O encontro de gerações do “agitar e rolar” já virou ritual: pais e filhos; meninos e meninas, piercings, tatuagens e alguns cabelos coloridos.
Os jovens da minha geração, nem tão jovens assim, e os novos jovens cantando na ponta da língua os sucessos de ontem e de hoje.
No palco uma das melhores e populares bandas do rock gaúcho de todos os tempos. Banda que conquistou, na década de 90, os palcos nacionais junto com os Engenheiros “exportando” o nosso som além-fronteiras: invadindo as ondas FM`s, estampando camisetas e páginas da Bizz.


Todos no Nenhum, duas mil pessoas ouviram em alto e bom som as novas composições com uma pegada bem forte encaixadas com perfeição aos antigos sucessos. Estes executados com uma nova roupagem e sonoridade, bem bacana.
Isqueiros acesos deram lugar às luzes celulares que registraram em selfies, uma outra visão do show, postadas instantaneamente nas redes sociais.
Estavam todos lá: o Thedy na linha de frente e na “cozinha”o químico Sady produzindo suas alquimias. No acordeon o convincente João incorporando o regionalismo gaúcho... Nas pedaleiras duas guitarras, a do Stein e a do Veco. Uma em cada ponta amplificando harmoniosos acordes, slides e solos.
Depois de ouvir as principais canções tive a nítida percepção de que o show estava próximo do fim... ôhôôôôôôô, ôuôuôuôuôuôuôu...Sim, eles saíram de cena. E depois de gritos de “mais um, mais um”... eles voltaram pois ainda faltava ela: “Camila, Camila”... Cantada por todas as vozes em uma só canção.
Após o aplauso final, baquetas e palhetas lançadas no ar.
Afinal, “não era mais o mesmo, mas estava em seu lugar.”

Valeu a todos do “Nenhum”!

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